Estas ações aconteceram nos primeiros 30 dias de operações, após o Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter decretado o estado de emergência sanitária e ordenado a retirada dos mineiros ilegais do território.
No total, havia 27 toneladas de cassiterita (dióxido de estanho), 11.400 litros de combustível, 172 motores e geradores de energia, máquinas mineiras, motosserras, mercúrio, equipamento de internet por satélite, telemóveis, armas, munições e alimentos.
De acordo com a Polícia Federal, foram também instituídas quarenta investigações relacionadas com a mineração ilegal, que levaram ao bloqueio de 65 milhões de reais (cerca de 5,1 milhões de euros) das contas bancárias dos suspeitos.
Na semana passada, uma comissão do Senado anunciou que 19.000 mineiros ilegais tinham deixado a reserva Yanomami.
Nos últimos quatro anos, encorajados pelas políticas promovidas pelo agora ex-presidente Jair Bolsonaro, a exploração mineira ilegal expandiu-se significativamente em toda a região amazónica e chegou mesmo às terras indígenas.
Em meados de janeiro, o Governo de Lula da Silva, que tomou posse no primeiro dia deste ano, encontrou uma situação humanitária e sanitária grave nas terras Yanomami, habitadas por este grupo étnico no estado de Roramina, que faz fronteira com a Venezuela.
Segundo as autoridades, uma das razões desta crise foi a atividade maciça de mineiros ilegais, que poluíram rios com mercúrio e devastaram parte deste território, habitado por cerca de 30.000 pessoas indígenas.
Lula da Silva ordenou a retirada imediata destes mineiros, cujo número foi estimado em 20.000, e decidiu enviar ajuda humanitária substancial aos povos indígenas, que tinham denunciado a situação várias vezes nos últimos anos.
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