Brasil. Polícia destrói 200 campos de mineiros ilegais em terras Yanomami

A polícia brasileira destruiu 200 acampamentos e confiscou 84 barcos e dois aviões durante o primeiro mês de ações contra a mineração ilegal na reserva indígena Yanomami na Amazónia, de acordo com um relatório divulgado na terça-feira.

Notícia

© Lusa

Lusa
15/03/2023 08:27 ‧ 15/03/2023 por Lusa

Mundo

Brasil

Estas ações aconteceram nos primeiros 30 dias de operações, após o Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter decretado o estado de emergência sanitária e ordenado a retirada dos mineiros ilegais do território.

No total, havia 27 toneladas de cassiterita (dióxido de estanho), 11.400 litros de combustível, 172 motores e geradores de energia, máquinas mineiras, motosserras, mercúrio, equipamento de internet por satélite, telemóveis, armas, munições e alimentos.

De acordo com a Polícia Federal, foram também instituídas quarenta investigações relacionadas com a mineração ilegal, que levaram ao bloqueio de 65 milhões de reais (cerca de 5,1 milhões de euros) das contas bancárias dos suspeitos.

Na semana passada, uma comissão do Senado anunciou que 19.000 mineiros ilegais tinham deixado a reserva Yanomami.

Nos últimos quatro anos, encorajados pelas políticas promovidas pelo agora ex-presidente Jair Bolsonaro, a exploração mineira ilegal expandiu-se significativamente em toda a região amazónica e chegou mesmo às terras indígenas. 

Em meados de janeiro, o Governo de Lula da Silva, que tomou posse no primeiro dia deste ano, encontrou uma situação humanitária e sanitária  grave nas terras Yanomami, habitadas por este grupo étnico no estado de Roramina, que faz fronteira com a Venezuela. 

Segundo as autoridades, uma das razões desta crise foi a atividade maciça de mineiros ilegais, que poluíram rios com mercúrio e devastaram parte deste território, habitado por cerca de 30.000 pessoas indígenas. 

Lula da Silva ordenou a retirada imediata destes mineiros, cujo número foi estimado em 20.000, e decidiu enviar ajuda humanitária substancial aos povos indígenas, que tinham denunciado a situação várias vezes nos últimos anos.

Leia Também: Brasil realizou mais de cinco mil atendimentos médicos ao povo yanomami

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas