O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou, esta quarta-feira, que o incidente com um drone MQ-9 dos Estados Unidos e um avião de combate russo, no Mar Negro, "está a ser investigado".
Numa conferência de imprensa na Etiópia, onde se encontra numa visita oficial, Blinken recusou-se a falar sobre eventuais motivações por trás do incidente, referindo apenas que é necessário deixar a investigação prosseguir.
Contudo, notou: "O que posso dizer com muita clareza é que esta foi uma ação imprudente e insegura".
Sublinhe-se Washington e Moscovo apresentaram versões diferentes sobre o incidente, que ocorreu na terça-feira.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse que o 'drone' estava a voar no espaço aéreo internacional e sobre águas internacionais quando um caça russo atingiu a hélice do avião não tripulado, obrigando a Força Aérea a abatê-lo. Já a Rússia defendeu que o aparelho caiu depois de uma "manobra brusca".
"O incidente com o 'drone' americano MQ-9 Reaper, causado pela Rússia no Mar Negro é um sinal de [que o Presidente russo, Vladimir], Putin está pronto para expandir a zona de conflito e envolver outras partes", afirmou o secretário do Conselho de Segurança da Ucrânia, Oleksiy Danilov, numa mensagem hoje divulgada através da rede social Twitter.
Foi a primeira vez, desde a Guerra Fria, que uma aeronave dos Estados Unidos foi derrubada após um encontro com um avião de guerra russo, situação que realçou o risco de confronto entre a Rússia e o Ocidente no contexto da guerra em curso na Ucrânia.
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