"Estamos no Centro Marítimo da Venezuela, em Turumo, e o objetivo é ajudar as causas sociais. Temos aqui mais de uma dezena de instituições dando a sua contribuição", explicou Jany Augusto Moreira.
O presidente fundador da Federação Ibero-americana de Lusodescendentes explicou que, para além daquela organização, prepararam a sopa solidária instituições como o Instituto Português de Cultura, o Grupo de Luso-descendentes da Venezuela, a Irmandade Galega, os comités do Centro Marítimo da Venezuela, os alunos do português daquele clube, a Confraria de Nossa Senhora do Livramento, entre outras.
"Há muita gente que está a contribuir para esta causa social. Hoje estão aqui reunidas mais de 500 pessoas. As sopas para nós são um alimento muito importante na nossa dieta quotidiana e fazemos questão de promover isso", frisou.
"Depois da grande crise [de 2008] na Venezuela, ainda continuamos a ver que, sim, há muitos casos que apoiaram", acrescentou. E referiu que aquela Federação também tem feito, nos últimos, um acompanhamento dos portugueses mais carenciados e inclusive distribuído, anualmente, cabazes de natal a famílias carenciadas.
"Todas as instituições, as poucas que ainda ficam, e mais aquelas que são de cariz social, estamos a retomar atividades para ajudar os que mais precisam de nós. A nossa comunidade tem sido sempre muito recetiva nesse aspeto e apenas hoje, no dia a dia de todas as instituições de beneficência, das academias do bacalhau, etc...", disse.
Jany Moreira explicou ainda que as atividades com fins benéficos são "muito importantes" para a comunidade lusa local e referiu que, por exemplo, as Damas de Beneficência Portuguesa de Caracas "fazem a sua intervenção social, produto das sopas que elas fazem" e "tentamos também seguir esse exemplo".
Entre as opções típicas portuguesas que participaram no festival, estavam o caldo verde, a canja de galinha madeirense, a sopa de pedra e a sopa de trigo. Entre as venezuelanas destacavam-se o "Cruzado de rés", o "Potaje de berro", a "sopa de patacón" e a "pisca andina".
O festival foi complementado com uma parte musical em que participaram a Banda Recreativa Madeirense e os grupos folclóricos do Centro Marítimo da Venezuela e da Irmandade Galega.
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