O diplomata, que realçou que os EUA "nunca pediram desculpa" nem reconheceram que as razões para declarar essa guerra eram falsas - como a alegada posse de armas de destruição massiva pelo Iraque -, destacou as diferenças que, na sua opinião, existem entre as duas invasões, porque "a sua origem foi distinta".
Como disse: "O Iraque está a milhares de quilómetros (os EUA) e não representava qualquer ameaça, como se pode ver", ao passo que a Ucrânia, um país fronteiriço com a Federação Russa, constituía "uma ameaça real à segurança nacional russa".
Nebenzia, que nunca usou a palavra 'guerra' ao falar da invasão russa da Ucrânia, empregando antes a expressão 'operação militar especial', não fechou a porta a negociações com o governo de Kyiv para acabar com esta 'operação', "sempre que os ucranianos se mostrarem realistas".
Questionado o que significa "ser realista" nesta situação, definiu três condições: "desmilitarização, desnazificação e estatuto neutral da Ucrânia". Disse ainda que "quando (os ucranianos) estiverem prontos para negociar, as negociações podem começar", algo que, acrescentou, os dirigentes russos "nunca recusaram".
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