Durante os protestos, que se transformaram em tumultos, seis agentes da polícia e 27 civis foram mortos, de acordo com um relatório oficial deste país da África Ocidental.
O uso da força foi "proporcional, razoável e necessário", lê-se num comunicado divulgado pela polícia.
A corporação também criticou a Amnistia Internacional por não ter denunciado a "selvajaria" com que alguns agentes da polícia foram mortos nesse dia.
Para produzir o relatório, que foi publicado na segunda-feira, a organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos afirmou ter entrevistado testemunhas, familiares das vítimas, funcionários, polícia e sociedade civil.
A ONG recolheu, por exemplo, o testemunho de um pai cuja filha de 22 anos foi "alegadamente baleada" pelas forças de segurança quando "foi vender legumes" sem que tivesse participado nas manifestações.
A polícia deteve "515 pessoas" durante os protestos, a quem acusou de "destruição intencional de propriedade, comportamento sedicioso e homicídio", mas o número dos que ainda se encontram detidos "não foi revelado", de acordo com a Amnistia Internacional.
Durante protestos violentos, as forças de segurança "só devem usar a força quando tiverem esgotado todos os outros meios pacíficos", defendeu a ONG no seu relatório.
O Presidente da Serra Leoa, Julius Maada Bio, eleito em 2018 e candidato a um segundo mandato, tinha afirmado que os motins visavam criar uma "insurreição" para derrubar o Governo e culpou a oposição do sucedido.
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