"Não estamos a criar uma aliança militar com a China", garante Putin

A visita do presidente da China, Xi Jinping, a Moscovo, na Rússia, foi um dos momentos mais esperados dos últimos tempos de guerra - dada a proximidade dos dois líderes, que se consideram "bons amigos".

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Notícias ao Minuto com Lusa
26/03/2023 10:55 ‧ 26/03/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, negou que Moscovo e Pequim estivessem a criar uma aliança militar e garantiu que todas as cooperações entre os dois Estados eram feitas com "transparência.

"Não estamos a criar uma aliança militar com a China", referiu o chefe de Estado russo numa entrevista emitida na televisão russa e citada pela Interfax. "Temos cooperações na esfera da interação militar e técnica. Não escondemos isso", referiu.

Putin apontou ainda que as relações entre os dois eram "transparentes" e que nada se passava em segredo.

As declarações surgem dias depois de o presidente da China, Xi Jinping, ter visitado Moscovo. Dada as relações diplomáticas a inexistência de uma condenação à Rússia por causa da guerra, este encontro foi um dos mais esperados e comentados dos últimos tempos de guerra.

Por outro lado, Vladimir Putin acusou os Estados Unidos de estar a levar a cabo um plano para "globalizar" as suas alianças, numa coligação internacional para além da Organização do Tratado do Atlântico Norte [NATO na sigla em inglês] contra os interesses russos, ao estilo das potências do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, em relação ao Reich alemão de Hitler, Itália e Japão.

"O que os Estados Unidos estão a fazer? Eles estão a criar cada vez mais novas alianças, e isso dá aos analistas ocidentais e aos políticos ocidentais, razões para dizer que o Ocidente está a construir novos 'eixos'", rematou.

Putin recordou ainda que, em 2022, a NATO chegou a acordo para um novo conceito estratégico para o desenvolvimento do bloco "onde está escrito diretamente que a NATO vai desenvolver relações com os países da região da Ásia-Pacífico, com países como Nova Zelândia, Austrália e Coreia do Sul".

"Neste documento eles declaram a sua intenção de criar uma 'NATO global'. Como chamamos isso?", concluiu.

Leia Também: Armas nucleares russas na Bielorrússia marcam "outra escalada"

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