Um homem de 41 anos, dono de uma oficina na Catalunha, foi apanhado com cerca de 500 quilos de explosivos.
A oficina situava-se em Montmajor, em Barcelona, e nela estavam 468 quilos de precursores e substâncias químicas, material destinado ao fabrico de explosivos, incluindo o utilizado pelos terroristas do Estado Islâmico. O detido é acusado de fabricar explosivos à mão de forma ilegal, misturando essas substâncias que adquiriu pela Internet.
A investigação começou quando agentes do Quartel General de Informação da Guardia Civil tomaram conhecimento através do Centro de Inteligência contra o Terrorismo e o Crime Organizado (CITCO) de uma transação suspeita de precursores de explosivos através de uma plataforma de comércio online.
Segundo o La Razon, uma grande catástrofe poderia ter ocorrido, já que o homem tinha na sua posse materiais para fabricar o explosivo TATP (peróxido de acetona), o mesmo e na mesma quantidade que os jihadistas da célula Ripoll, que pretendiam explodir, em 2017, entre outros alvos em Barcelona, o templo da Sagrada Família.
O dono da oficina, que para já não se constatou estar ligado a grupos terroristas, políticos ou extremistas, tem um perfil "inquieto", refere o mesmo meio.
O que é surpreendente, segundo fontes do investigação, é a grande quantidade de materiais e utensílios que havia na oficina, com os quais poderia ser feita uma poderosa bomba.
Num primeiro exame dos computadores e telefones, também não foram encontrados links ou objetivos, embora as investigações continuem.
O detido não quis adiantar nada à Guardia Civil, que é quem fez a operação e apenas confessou o fabrico de peróxido de acetona, e que sofreu um acidente.
O Peróxido de acetona, conforme recomendado pelos jihadistas em manuais, deve ser tratado com muito cuidado, pois é muito volátil e pode inflamar com uma simples faísca ou calor excessivo.
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