Ma visitou o Mausoléu de Sun Yat-sen, em Nanjing, a cidade que serviu como capital da China durante o período em que o Partido Nacionalista (Kuomintang), de Ma, governou o país.
O Kuomintang alega ser o legítimo governante da China e é mais favorável à integração ou unificação com o continente chinês do que o Partido Popular Democrático, atualmente no poder em Taipé.
Prestou homenagem a Sun Yat-sen, o fundador da República da China e do Partido Nacionalista, fez um breve discurso e curvou-se em frente ao memorial.
"As pessoas de ambos os lados do Estreito de Taiwan pertencem à nação chinesa, são filhos de Yandi e do Imperador Amarelo", disse Ma, referindo-se a imperadores míticos reverenciados como fundadores da etnia Han dominante na China.
A viagem de Ma ocorre num período de forte tensão entre Taiwan e a China, agravada pela crescente rivalidade entre Pequim e Washington.
Situada no Oceano Pacífico, a mais de cem quilómetros da China continental, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek, após a II Guerra Mundial.
Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, o regime que passou então a vigorar no continente chinês.
A China considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força para assumir controlo sobre a ilha. Os Estados Unidos continuam a ser o maior aliado e fornecedor de armas de Taiwan.
A viagem de Ma ocorre alguns dias depois de Taiwan perder mais um aliado diplomático para a China, que nos últimos anos pressionou vários países a cortarem as relações com Taipé, passando a reconhecer Pequim como o único governo legítimo de toda a China.
Ma enquadrou a viagem como um esforço para diminuir as tensões, através da promoção de intercâmbios. Ele trouxe estudantes universitários taiwaneses e disse esperar que a viagem possa ajudar a diminuir as tensões. Os observadores esperam que a visita seja mais simbólica do que substantiva.
"Ambos os lados devem buscar a paz, caso contrário, nenhum deles terá futuro", disse.
Ma elogiou Sun, que defendeu uma nação chinesa moderna. Foi Sun quem fundou a República da China, em 1912, e governou o continente, durante alguns meses.
Do lado de fora do mausoléu, uma multidão de curiosos e turistas acorreu ao local para tentar ver o ex-presidente.
A maioria dos turistas regulares que esperavam poder ver o mausoléu e o parque ao redor foram impedidos de entrar. Ma também visitou hoje o Museu de História Moderna da China, o local do antigo Palácio Presidencial em Nanjing.
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