O cidadão russo que foi detido após a filha desenhar um quadro antiguerra na escola, na vila de Yefremov, a cerca de 240 quilómetros a sul de Moscovo, foi condenado, esta terça-feira, a dois anos de prisão numa colónia penal por "desacreditar as Forças Armadas da Rússia". No entanto, segundo revela a agência de notícias Reuters, o seu paradeiro é desconhecido.
De acordo com a publicação, que cita uma nota do tribunal publicada na rede social russa Vkontakte, Alexei Moskalyov fugiu da prisão domiciliária.
O caso remonta ao início do mês de março, quando Alexei foi colocado em prisão domiciliária e a filha de 13 anos, Masha, transferida para uma instituição do governo russo. Em causa estiveram comentários do homem contra a invasão da Ucrânia nas redes sociais e um desenho da menina, que ilustrava uma família a ser bombardeada por mísseis russos.
O advogado de Moskalyov, Vladimir Biliyenko, disse à Reuters que não vê o homem desde ontem e mostrou-se "em estado de choque", acrescentando que a irá apelar contra o veredicto.
Sublinhe-se que a Rússia decidiu punir, em março de 2022, a divulgação de "informações falsas" sobre o Exército russo e de notícias de pedidos de sanções contra o país. As penas podem ir de multas graves até 15 anos de prisão.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combate.
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