Durante um evento realizado em Washington, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, detalhou que o seu país já tomou medidas para dificultar aos corruptos a ocultação das suas identidades e recursos atrás de empresas fantasma.
"Tenho hoje o prazer de anunciar o compromisso dos EUA e de mais de 20 outros governos, que participam nesta cimeira, para melhorar a transparência sobre os proprietários reais das empresas, disse Yellen, cujo cargo equivale na União Europeia ao de ministro das Finanças.
Assim, acrescentou a responsável pelo Tesouro dos EUA, os países comprometem-se a combater as empresas fantasma, melhorar a transparência financeira e perseguir a corrupção.
Disse ainda que, a partir de 2024, as empresas que operem nos EUA vão ter de informar sobre as pessoas reais que as controlam, "uma vez que desmascarar as empresas fictícias é o mais importante que se pode fazer para que não haja lugar para corruptos no sistema financeiro".
Esta nova base de dados "vai impedir a entrada de dinheiro sujo nos EUA", além de dar às autoridades "as ferramentas que precisam para rastrear" as atividades ilícitas.
"Os EUA estão especialmente obrigados a combater a corrupção", disse Yellen, uma vez que indivíduos de todo o mundo procuram lavar dinheiro ou financiar atividades terroristas através do seu sistema financeiro.
A funcionária admitiu que o Tesouro "ainda tem muito que fazer", como conseguir que milhões de pequenas empresas cumpram as novas regras, bem como acabar com o anonimato nas transações em dinheiro vivo que se fazem no imobiliário.
"Quando os que estão no poder recebem subornos, manipulam contratos ou enriquecem os amigos, todos sofremos. A democracia sofre", avisou.
Os EUA estão a acolher esta semana a segunda Cimeira pela Democracia, realizado principalmente de forma virtual, que foi lançado em 2022 pelo presidente norte-americano Joe Biden e conta com dezenas de Estados seus aliados.
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