Rússia preside Conselho de Segurança da ONU e Kyiv reage: "Mau gosto"

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, considerou "piada de mau gosto" e disse que o mundo "não pode ser um lugar seguro" com a Rússia como líder do Conselho de Segurança da ONU.

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© Michael M. Santiago/Getty Images

Notícias ao Minuto
30/03/2023 17:05 ‧ 30/03/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros russos, Sergei Lavrov, vai presidir a uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, EUA, já em abril, altura em que a Rússia vai assumir a presidência do organismo internacional, avançou a porta-voz do ministério, citada pela AFP.

"Um evento chave da presidência russa (do Conselho de Segurança) será um debate aberto de alto nível sobre o multilateralismo efetivo através da defesa dos princípios da Carta da ONU", avançou Maria Zakharova, em conferência de imprensa.

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, reagiu a este anúncio, considerando-o "uma piada de mau gosto".

"A presidência russa do Conselho de Segurança da ONU é uma piada de mau gosto. A Rússia usurpou o seu lugar, está a travar uma guerra colonial, o seu líder é um criminoso de guerra procurado pelo TPI [Tribunal Penal Internacional] por sequestro de crianças. O mundo não pode ser um lugar seguro com a Rússia no Conselho de Segurança das Nações Unidas", afirmou o governante numa publicação na rede social Twitter.

De recordar que, a partir de abril, e segundo o cronograma da ONU, a Rússia (um dos cinco membros permanentes do Conselho com poder de veto) assumirá a presidência rotativa do órgão, que tem capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia Também: Conselho de Segurança? Rússia evitará reuniões sobre a Ucrânia

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