Guerra? "China não faz distinção entre agressor e vítima da agressão"

Declarações do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, surgem já depois da liderança chinesa ter apresentado um plano de paz para o conflito no leste europeu.

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Ema Gil Pires
31/03/2023 14:30 ‧ 31/03/2023 por Ema Gil Pires

Mundo

Guerra na Ucrânia

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, referiu esta sexta-feira, que a China nunca poderia ser um mediador na guerra na Ucrânia, mas poderia desempenhar o papel de facilitador, com vista a ajudar o país a alcançar um acordo de paz com a Rússia, reporta a Reuters.

Isto porque, segundo argumentou Borrell num painel que decorreu na capital espanhola, Madrid, a "China não faz distinção entre o agressor e a vítima da agressão", no contexto deste conflito no leste europeu.

De recordar que, há umas semanas, a liderança chinesa apresentou um plano de paz de 12 pontos, com vista a solucionar o conflito no leste europeu - que pede uma desescalada do conflito e um eventual cessar-fogo no país invadido pela Rússia.

Já depois disso, o presidente chinês, Xi Jinping, esteve em Moscovo, para reunir com o homólogo russo, Vladimir Putin. A informação oficial divulgada dá conta de que a situação de guerra na Ucrânia, bem como a proposta chinesa apresentada, foram debatidas.

Tudo isto numa altura em que vários países do Ocidente têm já pressionado Xi Jinping para agir no sentido de persuadir Vladimir Putin a colocar um 'ponto final' no conflito - e para que, também, não preste apoio ao Kremlin no contexto da sua investida militar.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia Também: Acabou a proibição. Russos e bielorussos voltam a competir em Wimbledon

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