Bucha? "Uma palavra que em qualquer linguagem queima a alma"

A esposa do presidente da Ucrânia assinalou um ano de libertação de Bucha, e esteve numa conferência na qual algumas histórias foram recordadas.

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© ZelenskaUA/ Twitter

Notícias ao Minuto
31/03/2023 19:11 ‧ 31/03/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, assinalou, esta sexta-feira, o ano da libertação de Bucha, que aconteceu há um ano.

"Bucha - uma palavra que em qualquer linguagem soa como um choro de dor, um sussurro de orações e um horror que queima a alma. Uma palavra que não precisa de explicação. Há um ano os defensores libertaram a cidade dos invasores russos. O mundo viu algo que não tem o direito de esquecer. Lembramo-nos de todos. Nunca vamos perdoar", começou por escrever numa publicação partilhada no Twitter.

Zelenksa referiu ainda que um ano depois da libertação da cidade se pode dizer que Bucha mostrou "que o tempo não cura, mas a justiça sim". A cidade tornou-se um dos símbolos desta guerra - e serviu para que a expressão "crimes de guerra" começasse a ser usada sem pudor pela comunidade internacional. "Centenas de pessoas da cidade foram mortas e mutiladas pelos russos, incluindo 89 crianças, [isto] são crimes contra a humanidade que não podem ficar impunes - para que ninguém no mundo possa contar que se pode escapar com isto", rematou.

A mulher do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinalou ainda nas redes sociais a sua presença na conferência Unidos pela Justiça, que serviu para assinalar esta data. De acordo com o que escreveu nas redes sociais, falou sobre os crimes cometidos contra as crianças - tal como sublinhou no Twitter.

Para além disto, Zelenska falou ainda acerca de uma ou outra história particular, como a de Kateryna Sereda, que estava a tentar escapar de Bucha quando estava ocupada pelas tropas russas. O carro desta mulher foi atingido 153 vezes, e os disparos  atingiram a ucraniana 14 vezes. "Milagrosamente, sobreviveu", referiu. Falou ainda da história de Irina Abramova, cujo marido foi morto na sua casa por falarem com as tropas russas em ucraniano. 

Foram ainda lembradas as valas comuns. Andriy Halavin, um padre, foi quem terá enterrado os primeiros 86 corpos. "Foi assim que as primeiras valas comuns apareceram em Bucha", notou. Os três ucranianos participaram também na mesma conferência. 

Leia Também: Libertação (após massacre) de Bucha foi há um ano. "Nunca iremos perdoar"

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