A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, assinalou, esta sexta-feira, o ano da libertação de Bucha, que aconteceu há um ano.
"Bucha - uma palavra que em qualquer linguagem soa como um choro de dor, um sussurro de orações e um horror que queima a alma. Uma palavra que não precisa de explicação. Há um ano os defensores libertaram a cidade dos invasores russos. O mundo viu algo que não tem o direito de esquecer. Lembramo-nos de todos. Nunca vamos perdoar", começou por escrever numa publicação partilhada no Twitter.
Zelenksa referiu ainda que um ano depois da libertação da cidade se pode dizer que Bucha mostrou "que o tempo não cura, mas a justiça sim". A cidade tornou-se um dos símbolos desta guerra - e serviu para que a expressão "crimes de guerra" começasse a ser usada sem pudor pela comunidade internacional. "Centenas de pessoas da cidade foram mortas e mutiladas pelos russos, incluindo 89 crianças, [isto] são crimes contra a humanidade que não podem ficar impunes - para que ninguém no mundo possa contar que se pode escapar com isto", rematou.
A mulher do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinalou ainda nas redes sociais a sua presença na conferência Unidos pela Justiça, que serviu para assinalar esta data. De acordo com o que escreveu nas redes sociais, falou sobre os crimes cometidos contra as crianças - tal como sublinhou no Twitter.
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Para além disto, Zelenska falou ainda acerca de uma ou outra história particular, como a de Kateryna Sereda, que estava a tentar escapar de Bucha quando estava ocupada pelas tropas russas. O carro desta mulher foi atingido 153 vezes, e os disparos atingiram a ucraniana 14 vezes. "Milagrosamente, sobreviveu", referiu. Falou ainda da história de Irina Abramova, cujo marido foi morto na sua casa por falarem com as tropas russas em ucraniano.
Автівку Катерини в окупованій Бучі розстріляли росіяни. Жінка дивом вижила після 14 поранень і сьогодні розповіла свою історію на конференції «United for Justice: Bucha. The Hague». Разом із правниками й експертами ми говорили про головне: невідворотність покарання. pic.twitter.com/HfomxKVzDT
— Олена Зеленська (@ZelenskaUA) March 31, 2023
Foram ainda lembradas as valas comuns. Andriy Halavin, um padre, foi quem terá enterrado os primeiros 86 corpos. "Foi assim que as primeiras valas comuns apareceram em Bucha", notou. Os três ucranianos participaram também na mesma conferência.
Kateryna's car was attacked by russians in occupied Bucha. She survived after being shot 14 times, and today she told her story at the United for Justice: Bucha. The Hague. Together with jurists and experts, we talked about the main: inevitability of punishment. pic.twitter.com/u4EGXuT4e0
— Олена Зеленська (@ZelenskaUA) March 31, 2023
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