O presidente da Ucrânia, Voldoymyr Zelensky, considerou, esta sexta-feira, que o armazenamento de armas nucleares na Bielorrússia, anunciado pelo seu homólogo, Vladimir Putin, significa que o encontro com o líder da China, Xi Jinping, não teve muito sucesso.
"O anúncio de que a Rússia vai armazenar armas nucleares na Bielorrússia é um sinal que indica que o encontro a China não foi um sucesso. [A Rússia] precisava de mostrar que tinha algum sentido de ação, algo que o país perdeu sob a liderança do presidente Putin", afirmou o responsável durante uma conferência em Bucha, citado pela imprensa ucraniana.
Zelensky sublinhou ainda que esta era uma forma de o país apresentar algumas vitórias para esta "guerra sangrenta", já que não o consegue fazer "no campo de batalha". "O problema é que [Putin] não poupa as nossas pessoas e as mata", lembrou.
O chefe de Estado da Ucrânia falou ainda acerca da posição tomada pelo presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, que é - não só desde a invasão em território ucraniano - um grande aliado de Putin: "Acho que ele já não decide sobre que armas ficam no seu território".
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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