Sem identificar as vítimas, o ministério disse na rede social Facebook que "dois mártires" foram mortos pelas forças israelitas em Nablus, uma cidade situada a cerca de 60 quilómetros a norte de Jerusalém.
O chefe do Departamento de Emergência do Crescente Vermelho Palestiniano em Nablus, Ahmad Yibril, disse que 55 outros palestinianos receberam tratamento médico por inalação de gás lacrimogéneo, segundo a agência espanhola EFE.
O exército israelita disse ter efetuado uma operação em Nablus para deter dois suspeitos de ajudar um homem que matou dois soldados a tiro na cidade de Hawara, também na Cisjordânia, em março, noticiou a agência norte-americana AP.
"Durante a operação, vários homens armados dispararam contra os soldados, que ripostaram. Os tiros foram confirmados", disse o exército na rede social Twitter, citado pela agência francesa AFP.
O jornal israelita Haaretz disse que os dois palestinianos mortos foram posteriormente identificados como Muhammed Nasser-Said e Muhammed Abu-Bakher, que é membro do pessoal de um alto funcionário do partido Fatah, liderado pelo Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas.
A imprensa palestiniana identificou os detidos como Ezz Touqan e Nidal Tabanja, segundo o jornal israelita Jerusalem Post.
As forças israelitas disseram que confiscaram equipamento militar, uma arma e munições, juntamente com o veículo utilizado num ataque em Huwara em 26 de fevereiro.
Desde o início do ano, o conflito israelo-palestiniano custou a vida a pelo menos 90 palestinianos, 15 israelitas e uma mulher ucraniana, segundo uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais israelitas e palestinianas.
O balanço abrange combatentes e civis, incluindo menores, do lado palestiniano. Do lado israelita, as vítimas são maioritariamente civis, incluindo menores, e dois membros da minoria árabe.
Uma contagem da AP refere pelo menos 88 mortos do lado palestiniano e 15 do lado israelita.
No sábado, três israelitas foram feridos num ataque com uma viatura armadilhada na Cisjordânia, um território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.
O alegado autor do ataque foi morto por soldados israelitas.
Menos de 24 horas antes, a polícia israelita matou a tiro um árabe israelita que se tinha apropriado da arma de um agente e disparado na Cidade Velha de Jerusalém, ocupada e anexada por Israel.
A versão da polícia é contestada pela família da vítima.
Na guerra israelo-árabe de 1967, ou guerra dos seis dias, Israel ocupou Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, bem como a maior parte dos Montes Golã sírios, Gaza e a península do Sinai egípcio.
A maioria dos refugiados palestinianos e seus descendentes vive em Gaza e na Cisjordânia, bem como na vizinha Jordânia, Síria e Líbano, segundo a televisão britânica BBC.
Israel ainda ocupa a Cisjordânia e reivindica toda a cidade de Jerusalém como capital, enquanto os palestinianos reclamam Jerusalém Oriental como a sua capital.
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