O governante egípcio e o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, o líder de facto da Arábia Saudita, reuniram-se no domingo e conversaram sobre os laços entre os países, segundo o porta-voz presidencial egípcio, Ahmed Fahmy, citado hoje pelas agências internacionais.
Num comunicado, Fahmy indicou que os dois líderes "afirmaram preocupação mútua em promover a cooperação comum em todos os campos", concordando em continuar a "coordenação e consulta" sobre temas regionais e internacionais.
O encontro ocorreu num contexto de forte crise económica no Egito, atribuída por críticos a má gestão do Governo.
"Afirmo a profundidade e a força das relações bilaterais entre o Egito e o reino da Arábia Saudita", disse Abdel Fattah al-Sisi na rede social Twitter.
O príncipe herdeiro saudita recebeu o Presidente egípcio na cidade de Jeddah, no Mar Vermelho.
Também participaram na reunião outras autoridades dos dois países, como o chefe da Autoridade Geral dos Serviços de Informações do Egito e o conselheiro de segurança nacional saudita.
A Arábia Saudita tem sido um dos principais fornecedores de ajuda financeira ao Governo egípcio.
Em 2022, Arábia Saudita, Qatar e os Emirados Árabes Unidos prometeram 22 mil milhões de dólares (o mesmo valor em euros ao câmbio atual) em depósitos e investimentos diretos no Egito, numa tentativa de estabilizar a economia do país, afetada pela guerra na Ucrânia.
No ano passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Governo do Egito alcançaram um acordo preliminar que abriu a porta a um empréstimo de três mil milhões de dólares ao Estado árabe.
Nos últimos meses, a Arábia Saudita tem pedido ao Governo egípcio que leve a cabo reformas económicas.
"Precisamos de ver mudanças. Estamos a tributar o nosso povo. Esperamos também que outros façam o mesmo, que se esforcem. Queremos ajudar, mas também queremos que façam a vossa parte", afirmou o ministro das Finanças saudita, no encontro anual do Fórum Económico Mundial, em janeiro.
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