"Face à deterioração da situação na Cisjordânia e ao aumento das tensões em Jerusalém, a ministra recordou a necessidade de se abster de quaisquer medidas unilaterais, especialmente em termos de colonatos, e de respeitar os compromissos assumidos recentemente em Aqaba e Sharm el-Sheikh", segundo um comunicado divulgado pelo ministério francês.
A chefe de diplomacia francesa sublinhou ainda "a urgência de restaurar um horizonte político para alcançar a paz entre israelitas e palestinianos, no quadro de dois Estados, vivendo lado a lado em paz e segurança, e sublinhou a necessidade de preservar o esatuto histórico nos Lugares Santos em Jerusalém", recordando "a condenação da França de todos os ataques contra civis".
As forças israelitas mataram hoje a tiro dois palestinianos na Cisjordânia ocupada, segundo o Ministério da Saúde palestiniano que, sem identificar as vítimas, divulgou na rede social Facebook que "dois mártires" foram mortos em Nablus, cidade situada a cerca de 60 quilómetros a norte de Jerusalém.
O jornal israelita Haaretz disse que os dois palestinianos mortos foram posteriormente identificados como Muhammed Nasser-Said e Muhammed Abu-Bakher, membro do pessoal de um alto funcionário do partido Fatah, liderado pelo Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas.
O exército israelita disse ter efetuado uma operação em Nablus para deter dois suspeitos de ajudar um homem que matou dois soldados a tiro na cidade de Hawara, também na Cisjordânia, em março, noticiou a agência norte-americana AP.
As forças israelitas disseram que confiscaram equipamento militar, uma arma e munições, juntamente com o veículo utilizado num ataque em Huwara em 26 de fevereiro.
Desde o início do ano, o conflito israelo-palestiniano custou a vida a pelo menos 90 palestinianos, 15 israelitas e uma mulher ucraniana, segundo uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais israelitas e palestinianas.
O balanço abrange combatentes e civis, incluindo menores, do lado palestiniano. Do lado israelita, as vítimas são maioritariamente civis, incluindo menores, e dois membros da minoria árabe.
Uma contagem da AP refere pelo menos 88 mortos do lado palestiniano e 15 do lado israelita.
Na guerra israelo-árabe de 1967, ou guerra dos seis dias, Israel ocupou Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, bem como a maior parte dos Montes Golã sírios, Gaza e a península do Sinai egípcio.
A maioria dos refugiados palestinianos e seus descendentes vive em Gaza e na Cisjordânia, bem como na vizinha Jordânia, Síria e Líbano, segundo a televisão britânica BBC.
Israel ainda ocupa a Cisjordânia e reivindica toda a cidade de Jerusalém como capital, enquanto os palestinianos reclamam Jerusalém Oriental como a sua capital.
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