De acordo com a agência Europa Press, a Força Conjunta de Segurança e Inteligência de Adis Abeba indicou que este grupo pretendia "instigar um conflito à escala nacional levando a cabo ataques contra pessoas em altos cargos governamentais" na capital, Adis Abeba, e nas cidades de Bahir Dar, Adama e Dire Daua.
O anúncio surge numa altura em que o governo federal está envolvido no processo de paz com a Frente Popular para a Libertação do Tigray (TPLF), no seguimento do conflito que há anos decorre no norte deste país africano.
O grupo, acrescentou a Força Conjunta, era composto por académicos, proprietários de meios de comunicação social e ativistas de Adis Abeba e de outras regiões, pretendo angariar mais elementos que estivessem alinhados pela "religião, etnia e radicalização política".
Segundo o diário Addis Standard, citado pela Europa Press, os elementos "estavam a planificar levar a cabo um movimento violento, declarando que libertariam a população e estavam a trabalhar para mergulhar a nação de novo numa crise".
O conflito em Tigray iniciou-se em novembro de 2020 na sequência de um ataque da TPLF à base principal do exército federal em Mekelle, após o qual o Governo do primeiro-ministro, Abiy Ahmed, ordenou uma ofensiva contra o movimento.
Os combates seguiram-se a meses de tensões políticas e administrativas, incluindo a recusa da TPLF em reconhecer um adiamento das eleições e a sua decisão de realizar eleições regionais à margem de Adis Abeba.
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