Israel tem "direito legítimo" de se defender de mísseis vindos do Líbano
A diplomacia norte-americana condenou hoje o lançamento de foguetes a partir do Líbano e de Gaza em direção a Israel e reiterou o seu apoio ao aliado israelita, a quem reconheceu o direito de autodefesa.
© Celal Gunes/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo EUA
"Reconhecemos o direito legítimo de Israel de se defender contra qualquer forma de agressão", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, a jornalistas, num momento de crescentes tensões no Médio Oriente.
Mais de três dezenas de foguetes foram disparados hoje do sul do Líbano para Israel, no maior ataque do género desde 2006, quando os dois países estiveram em guerra, anunciaram as forças de defesa israelitas.
Cinco dos projéteis que caíram em solo israelita provocaram dois feridos ligeiros e alguns danos, segundo as forças de defesa, citadas pelo jornal 'online' The Times of Israel.
O sistema de defesa aérea Iron Dome intercetou 25 projéteis, mas nove caíram em território israelita, quatro deles em locais ainda desconhecidos.
As Forças de Defesa de Israel disseram que os foguetes foram lançados do sul do Líbano no oeste e na Alta Galileia.
O Centro Médico da Galileia em Nahayira disse estar a tratar duas pessoas, de 19 e 26 anos, feridas por estilhaços.
Ambos estavam em condições estáveis, acrescentou o hospital.
A missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL) alertou para a gravidade da situação e pediu contenção às partes.
"A situação atual é extremamente grave, a UNIFIL apela à contenção e a evitar uma escalada", disse a missão da ONU num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
A UNIFIL confirmou o disparo dos foguetes a partir do sul do Líbano durante a tarde.
O chefe da missão, o espanhol Aroldo Lazaro, entrou em contacto com as autoridades libanesas e israelitas, acrescentou a UNIFIL.
A região sul do Líbano, que faz fronteira com Israel, é controlada pelo grupo xiita pró-iraniano Hezbollah.
Grupos armados palestinianos também estão presentes na região e, no passado, lançaram foguetes contra Israel, muitas vezes a partir das proximidades de campos de refugiados palestinianos.
Relatórios preliminares sugerem que os projéteis de hoje foram disparados por fações palestinianas, segundo a EFE.
Uma fonte próxima do Hezbollah negou qualquer responsabilidade do grupo no ataque a partir do sul do Líbano, segundo a TV Al-Arabiya.
"Não temos nada a ver com o ataque de foguetes", disse a fonte, que a Al-Arabiya não identificou, segundo o jornal The Times of Israel.
Outras fontes sugeriram à televisão financiada pela Arábia Saudita que "fações palestinianas" estavam por detrás do ataque, acrescentou o jornal.
O incidente ocorreu depois de a polícia israelita ter entrado na Mesquita Al-Aqsa em Jerusalém, na quarta-feira, desencadeando confrontos com fiéis palestinianos.
Mais de 30 palestinianos ficaram feridos e cerca de 350 foram detidos.
A polícia israelita alega que os palestinianos se tinham barricado na mesquita "com fogo-de-artifício, paus e pedras".
O Hezbollah condenou hoje a violência da polícia israelita e manifestou apoio a todas as medidas" tomadas por organizações palestinianas contra Israel.
Os confrontos levaram a uma escalada de tensão, e mais de 15 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza para Israel, cujas forças ripostaram, mas sem relatos de vítimas dos dois lados.
Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo disparo dos foguetes a partir da Faixa de Gaza, que é controlada pelo movimento palestiniano Hamas.
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