As autoridades de Nova Iorque, nos Estados Unidos, estão a investigar um ataque na quarta-feira como um possível crime de ódio, depois de um homem ter sido atacado por um grupo de indivíduos que o insultou, antes de o esfaquear.
O caso ocorreu durante a noite em Manhattan, no bairro de Hell's Kitchen, uma das zonas mais reconhecidas por ser um ponto de encontro para a comunidade queer de Nova Iorque, com a avenida pintada com as cores da bandeira arco-íris.
Um grupo terá perseguido um homem de 44 anos, insultando-o com expressões homofóbicas.
Quando este se virou para os confrontar, dois dos suspeitos agrediram-no, enquanto que um terceiro apunhalou-o numa perna, contou o departamento policial de Nova Iorque à Associated Press.
O homem encontra-se estável numa unidade hospitalar, enquanto que os suspeitos encontram-se a monte.
Um membro do conselho da cidade, Erik Bottcher, que é assumidamente homossexual, mostrou-se "enraivecido" pelo incidente, explicando através do Twitter que "a cidade de Nova Iorque é um símbolo de diversidade e liberdade pelo mundo fora, e Hell's Kitchen é um oásis para a comunidade LGBTI+".
— Erik Bottcher (@ebottcher) April 6, 2023
Também a procuradora-geral do Estado de Nova Iorque, Letitia James, garantiu que a cidade "não ficará em silêncio enquanto a comunidade LGBTI+ e outros comunidades são ameaçadas".
O ataque é o mais recente episódio de incidentes dirigidos contra as pessoas queer em Nova Iorque, uma cidade com uma longa tradição de ser o palco para o início de muitos movimentos inclusivos e de defesa dos direitos LGBTI+.
No passado mês de fevereiro, uma mulher foi investigada por um incidente em que queimou uma bandeira arco-íris que se encontrava num restaurante; já na passada segunda-feira, foram detidos vários suspeitos no âmbito de uma investigação a roubos relacionados com tráfico de estupefacientes, que resultaram na morte de dois homens homossexuais.
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