O ataque teve lugar na quarta-feira em Umogidi, estado de Benue, onde ataques e represálias são comuns entre pastores nómadas e agricultores instalados que lutam pelo controlo das terras.
Foram encontrados pelo menos 46 cadáveres, mas "muitas pessoas continuam desaparecidas e o número de mortos pode ser mais elevado", disse Oayul Hemba, conselheiro de segurança do governador de Benue, à agência AFP.
Hemba culpa os pastores da área, dizendo que já tinham atacado várias vezes as comunidades locais nos últimos meses.
"Os seus soldados foram enviados para lá, pelo que a situação é um pouco mais calma", acrescentou.
Segundo Bala Ejeh, que preside o governo local de Otupko na área, os atacantes atacaram a aldeia na quarta-feira à tarde, quando os residentes lamentaram a morte de três dos seus no dia anterior.
A violência rural é um dos desafios que enfrenta o Presidente eleito, Bola Tinubu, que venceu as eleições presidenciais do mês passado, um escrutínio marcado por numerosos atrasos e acusações de fraude eleitoral.
Tinubu deverá tomar posse em maio e terá também de lidar com uma insurreição terrorista no nordeste e com a agitação secessionista no sudeste do país.
A violência nas comunidades rurais tem escalado para a criminalidade em grande escala no noroeste e no centro do país, onde bandos armados mantêm aldeias para resgatar e raptar dezenas de pessoas.
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