"Pedimos às partes envolvidas que evitem dar passos que agravem o conflito, que ajam no sentido de evitar que piore, acabando com a violência e restaurando um regime de cessar-fogo estável", indicou em comunicado.
Na nota, Moscovo destacou a importância de se respeitar "o 'status quo' dos santuários de Jerusalém e respeitar os direitos dos crentes de todas as religiões".
"É preciso ser muito cuidadoso a este respeito, tendo em conta que em abril deste ano coincide o mês sagrado do Ramadão, a Páscoa Católica e Ortodoxa e a Páscoa Judaica", referiu.
De acordo com Moscovo, a garantia de estabilidade a longo prazo pode passar por um processo negocial, com o intuito de encontrar uma fórmula para o conflito israelo-palestiniano baseada em compromissos.
"A falta de um horizonte político mais preciso, para solucionar este problema antigo, resulta inevitavelmente em recorrentes confrontos armados", alertou.
O mais recente agravar de tensão entre israelitas e palestinianos registou-se quarta-feira, com confrontos entre a polícia e fiéis muçulmanos na Mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém, e continuou com a troca de tiros com milícias palestinianas na Faixa de Gaza e no sul do Líbano.
Desde quarta-feira, mais de 60 projéteis foram disparados contra o território israelita a partir de Gaza, para além de 36 do Líbano.
Já Israel bombardeou alvos do movimento islâmico palestino Hamas, tanto na Faixa de Gaza, como em território libanês.
Tudo aconteceu na terceira sexta-feira do Ramadão -- que coincide com a Páscoa e a Sexta-Feira Santa -- um dia particularmente tenso em Jerusalém, quando centenas de milhares de muçulmanos se reúnem para rezar na Mesquita de Al Aqsa, onde durante a manhã de hoje se registaram "pequenos incidentes com a polícia".
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