O Ministério Regional da Saúde de Espanha vai abrir um processo contra um médico acusado de maltratar a esposa e os oito filhos menores. As vítimas das alegadas agressões encontram-se agora num centro de acolhimento em Madrid.
A unidade hospitalar onde o profissional de saúde trabalhava, o Hospital Gregorio Marañón, comprometeu-se, entretanto, a colaborar "ativamente com qualquer exigência judicial", reporta o jornal espanhol La Vanguardia.
Segundo fontes do ministério regional, dado que uma vasta quantidade de material médico foi encontrada na habitação do médico, em Colmenar Viejo, na comunidade autónoma de Madrid, a Direção-Geral de Recursos Humanos e Relações Laborais do ministério regional vai, ainda, "abrir um processo, com a nomeação de um instrutor, pelo alegado roubo de material médico".
O pai de oito filhos, com idades entre os quatro e os 14 anos, e sobre quem exercia, alegadamente, atos de violência, maltrataria também a mãe das crianças, pelo que o juiz lhe impôs uma ordem de restrição face a todos eles, de acordo com fontes familiarizadas com a investigação, citadas pela agência EFE.
Com 45 anos, o médico é, então, acusado - para além dos maus-tratos infligidos aos filhos - do crime de violência doméstica para com a esposa, no seguimento das investigações levadas a cabo pela Guardia Civil, e na sequência de uma queixa apresentada em março.
À mãe das crianças, tal como ao pai, foi imposta uma ordem de restrição relativamente aos filhos - também por alegados maus tratos. Os pais veem-se agora, pelo menos temporariamente, sem a guarda dos filhos.
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