Depois de um breve debate, o parlamento russo aprovou unanimemente o recrutamento digital de homens para as forças armadas, abrindo a porta para que o exército envie e-mails em vez de cartas para recrutar combatentes.
A medida pretende facilitar a mobilização de milhares de soldados para combater na invasão na Ucrânia já que, até agora, os papéis da conscrição de soldados só teriam efeito se fossem entregues presencialmente por um oficial local ou por um empregador.
Assim, os cidadãos que receberem e-mails de alistamento, e que não marquem presença num escritório militar, ficarão automaticamente banidos de sair do país.
"Este recrutamento é considerado rececionado a partir do momento em que é colocado na conta pessoal da pessoa elegível para serviço militar", esclareceu o presidente do comissão parlamentar de defesa, Andrei Kartapolov, citado pela Sky News.
A lei surge pouco tempo depois de o presidente russo, Vladimir Putin, anunciar um novo decreto para o recrutamento de cidadãos que não estejam na reserva do exército, entre os 18 e os 27, esperando-se que sejam alistados um total de 147 mil homens entre os meses de abril e junho.
O anterior recrutamento foi levado a cabo com alguma controvérsia. Em setembro do ano passado, depois de Putin anunciar uma campanha para recrutar cerca de 300 mil homens, as fronteiras terrestres e aéreas do país ficaram completamente cheias de cidadãos e famílias que tentaram fugir, nomeadamente através da Finlândia e Geórgia.
O processo também foi encarado de forma violenta, com muitos russos a atacarem escritórios de recrutamento militar.
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