A reunião irá decorrer em Jidá, no oeste da Arábia Saudita, entre altos responsáveis de seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), que inclui o Bahrein, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, e ministros do Egito, Iraque e Jordânia, revelou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed Al-Ansari.
"O principal objetivo é discutir a situação na Síria", referiu, em conferência de imprensa, acrescentando que a Arábia Saudita convocou esta reunião "consultiva" através do CCG.
A Arábia Saudita e o secretariado do CCG não comentaram de imediato este anúncio do Qatar, noticiou a agência France-Presse (AFP).
O Presidente sírio, Bashar al-Assad, está isolado no cenário internacional desde a repressão de 2011 a uma revolta popular que resultou num longo conflito.
Após anos de boicote, os países árabes demonstraram recentemente o desejo de se aproximar de Damasco, principalmente após o terremoto na Síria no início de fevereiro.
Países da região, como os Emirados Árabes Unidos, intensificaram os seus contactos e enviaram ajuda.
A Síria foi excluída da Liga Árabe no final de 2011, mas alguns governos querem agora que o Presidente sírio seja convidado para a cimeira deste órgão, agendada para maio em Riade.
"Há muitos desenvolvimentos (...) sobre as opiniões árabes sobre o regresso da Síria à Liga Árabe", realçou o porta-voz da diplomacia do Qatar, cujo país, como os Estados Unidos e vários países europeus, rejeitou qualquer normalização de relações com Al-Assad.
As conversações "serão focadas na troca de pontos de vista sobre esta questão e a posição de cada país sobre a situação" na Síria, acrescentou.
Segundo Majed Al-Ansari, o primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, o xeque Mohammed bin Abdelrahman Al-Thani, irá participar no encontro.
A Síria é assolada desde 2011 por uma guerra civil que se complicou ao longo dos anos com a intervenção de vários países e grupos armados estrangeiros.
O conflito já matou cerca de 500.000 pessoas, devastou a infraestrutura do país e deslocou milhões de pessoas.
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