Taiwan? "Ser aliado dos EUA não significa ser vassalo", diz Macron
As declarações do presidente francês acontecem depois de ter defendido que a União Europeia deve ter uma posição própria sobre o conflito entre a China e Taiwan.
© Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images
Mundo França
O presidente francês, Emmanuel Macron, referiu, esta quarta-feira, que ser aliado dos Estados Unidos, não significa ser um "vassalo". As declarações acontecem depois de ter defendido que a União Europeia deve ter uma posição própria sobre o conflito entre a China e Taiwan.
"Ser um aliado não significa ser um vassalo... não significa que não temos o direito de pensar pela nossa cabeça", proferiu Macron, em declarações aos jornalistas em Amesterdão, no final de uma visita de Estado aos Países Baixos, refere a France Press.
O presidente francês disse ainda que "a França é a favor do status quo em Taiwan" e procurou uma "resolução pacífica da situação".
Recorde-se que o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse, na terça-feira, que a Europa precisa de aliados, mas não os pode escolher, num discurso em Haia.
"Queremos ser abertos, precisamos de aliados, queremos bons amigos, queremos parceiros. Mas queremos estar em posição de os poder escolher, de não depender deles", disse Macron, num evento organizado em Haia pelo Nexus Institute, uma instituição dedicada ao estudo do património cultural europeu.
A frase de Macron está a ser interpretada por vários analistas como uma referência à forma como os Estados Unidos estão a confrontar o regime chinês sobre a questão de Taiwan, sobre a qual o presidente francês prefere demarcar-se.
O chefe de Estado francês não fez qualquer referência específica às inúmeras críticas que tem recebido pela sua alegada mudança de posição sobre Taiwan, transmitida numa entrevista publicada no domingo após a sua visita à China.
Nessa entrevista, Macron defendeu que a União Europeia (UE) deve ter uma posição própria sobre o conflito entre a China e Taiwan, não ficando dependente da posição adotada pelos Estados Unidos, rompendo assim com o alinhamento transatlântico sobre esta questão diplomaticamente delicada.
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