O presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, advertiu, esta quinta-feira, que o novo estatuto do país como membro da NATO "não resolve todos os problemas" e frisou que Helsínquia não deve baixar a guarda em questões de segurança.
"Continuamos a ser os principais responsáveis pela nossa própria segurança", referiu Niinistö, acrescentando que "onde quer que detetemos lacunas ou vulnerabilidades, elas devem ser corrigidas".
Num discurso aos legisladores finlandeses, reunidos pela primeira vez desde as eleições de 2 de abril, citado pela Associated Press, o líder do país sublinhou ainda que a Finlândia, que partilha uma fronteira de 1.340 km com a Rússia, tinha estado concentrada na segurança no ano passado, após a invasão russa da Ucrânia, mas que isso não deveria perder-se.
"Também não devemos deixar cair este nível de alerta no futuro" ao abrir formalmente a legislatura de Eduskunta, com 200 membros, apontou o presidente da Finlândia, que insta a que se deva "compreender melhor como organicamente os perigos e tensões a que estamos a assistir estão ligados às crescentes pressões geopolíticas".
Recorde-se que o principal partido conservador da Finlândia ficou em primeiro lugar nas eleições deste mês, após uma disputa em que os populistas de direita ficaram em segundo lugar. Sanna Marin, a líder dos social-democratas, que ficou em terceiro lugar, renunciou à liderança do partido após ter perdido as eleições.
O país nórdico entrou oficialmente na NATO no dia 4 de abril, depois de décadas de neutralidade e não alinhamento militar. A Finlândia contribui com recursos militares significativos para a NATO pelas suas enormes reservas militares.
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