A fuga de informações dos documentos ultrassecretos do Pentágono foi classificada como um "ato deliberado e criminoso", disse o Pentágono, esta quinta-feira.
O porta-voz do Pentágono, o general Pat Ryder, em conferência de imprensa no âmbito da investigação, citado pela Reuters, encaminhou perguntas sobre a investigação para o Departamento de Justiça, uma vez que seria "inapropriado comentar".
Ryder acrescentou que o Pentágono tinha tomado medidas para rever as listas de distribuição e assegurar que as pessoas que recebiam informações tinham realmente necessidade de as saber.
"Temos diretrizes rígidas para proteger informações confidenciais", referiu, acrescentando que "este foi um ato criminoso deliberado, uma violação dessas diretrizes". "Vamos continuar a fazer tudo o que pudermos", sublinhou.
Ryder enfatizou novamente que "existem regras" para quem lida com material sensível. "Temos restrições em vigor. Temos um processo e temos procedimentos", reforçou.
Recorde-se que os documentos ultrassecretos do Pentágono que foram indevidamente divulgados nos últimos dias dão conta de que cerca de 354.000 soldados, russos e ucranianos, já morreram ou ficaram feridos no decorrer da guerra na Ucrânia - que, muito provavelmente, se prepara para durar muito para além de 2023, reporta a Reuters.
Os documentos, acerca dos quais se tem questionado e discutido sobre se são (ou não) autênticos, oferecem alguns dados acerca da visão de Washington sobre o conflito, até agora não conhecidos por outras vias. Dos mesmos constam ainda evidências de alegada espionagem norte-americana contra países aliados.
Uma das avaliações que constam destes ficheiros, referente a 23 de fevereiro deste ano, diz respeito à batalha pelo Donbass, considera que é pouco provável que a Rússia consiga conquistar, na totalidade, essa região localizada na parte oriental da Ucrânia.
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