Penpa Tsering, líder tibetano no exílio, saiu em defesa de Dalai Lama, esta quinta-feira, referindo que o vídeo que mostra o líder espiritual a beijar uma criança, pedindo depois que lhe chupasse a língua, reflete "apenas" um "comportamento inocente e afetuoso de avô", que foi "mal interpretado".
Segundo a imprensa internacional, as declarações foram feitas quando Penpa Tsering se dirigia ao Clube de Correspondentes Estrangeiros do Sul da Ásia, em Nova Deli.
O líder político, de 56 anos, disse ainda que o povo tibetano ficou magoado com as insinuações feita sobre Dalai Lama, que foi "injustamente rotulado com todos os tipos de nomes que realmente ferem o sentimento de todos os seus seguidores".
Para Penpa Tsering, o vídeo trata-se apenas de um "comportamento inocente e afetuoso de avô mal interpretado". Além disso, acrescentou ainda que a vida de celibato e prática espiritual levou Dalai Lama a ser alguém "além dos prazeres sensoriais".
Penpa Tsering acusou ainda "fontes pró-chinesas" de estarem ligadas à ampla divulgação do vídeo, defendendo que "o ângulo político" do "incidente" não pode "ser ignorado".
Recorde-se que o caso ocorreu no final de fevereiro, no templo de Sua Santidade, em Dharamshala, na Índia, perante uma audiência de cerca de 100 estudantes que teriam terminado os estudos na M3M Foundation.
Nas imagens, que incendiaram as redes sociais, Dalai Lama é interpelado por um menino, que lhe pergunta se o pode abraçar. O monge budista, de 87 anos, começa por gesticular para a bochecha. Depois, beija-o na boca, e diz-lhe que pode “chupar-lhe a língua”, colocando-a de fora.
Dalai Lama já pediu desculpa pelo sucedido, que considerou "inocente".
"Sua santidade costuma provocar as pessoas que conhece de maneira inocente e divertida, mesmo em público e diante das câmaras. Ele lamenta o incidente”, lê-se num comunicado divulgado nas redes sociais.
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