De acordo com a resolução aprovada, que não tem caráter vinculativo, os eurodeputados consideraram que a adesão à UE devia ser encarada como "um investimento geoestratégico".
"A Moldova continua exposta à pressão russa e à chantagem energética, à agitação económica devido à guerra na vizinha Ucrânia, bem como às tentativas apoiadas pelo Kremlin para destabilizar o Governo pró-europeu do país", sustentou o PE.
O país é formalmente candidato à União Europeia desde o ano passado, na sequência de um processo de candidatura que avançou mais rápido do que o normal por causa da invasão da Federação Russa à Ucrânia, em fevereiro.
Contudo, ainda há um longo caminho a percorrer até a Moldova poder ser considerada um Estado-membro.
O país tem de recuperar de décadas de corrupção e cumprir, por exemplo, os padrões da UE em matéria de direitos e proteção das minorias, entre outros critérios.
"O Parlamento Europeu insta o Governo moldovo a prosseguir com determinação o seu programa de reformas da democracia e do Estado de direito, a fazer avançar os trabalhos no sentido da plena aplicação do Acordo de Associação da UE e da Zona de Comércio Livre Abrangente e Aprofundada, a combater a criminalidade internacional e transnacional grave e organizada e a prosseguir os esforços para aumentar a segurança energética do país", acrescentaram os eurodeputados.
Já da parte da UE, os eurodeputados querem que os 27 se comprometam a ajudar Chisinau a cortar com a dependência da Rússia, nomeadamente a nível energético e exortaram a Comissão a "sancionar os oligarcas moldovos fugitivos Ilan or e Vladimir Plahotniuc".
Na sexta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai reunir-se com o primeiro-ministro moldovo, Dorin Recean.
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