"Houve irresponsabilidade de quem governou o Brasil nos últimos seis anos, porque nesta nossa primeira cimeira assinámos 11 acordos [além de dois memorandos], é uma questão estatística, imaginem que se pudemos assinar 11 acordos hoje, deixámos de assinar, no mínimo, 66 acordos que poderiam fazer a relação [entre os dois países] ser ainda mais extraordinária do que já é", disse Lula da Silva no final da 13.ª cimeira bilateral, que decorreu hoje em Lisboa.
Na intervenção, o Presidente brasileiro destacou a relação de proximidade e afeto entre os dois povos e os dois países, salientando que "a relação política é química, perde valor se não estivermos em contacto uns com os outros".
Para Lula da Silva, Portugal é uma extensão do Brasil, e vice-versa: "O que fazemos aqui em Portugal é dizer ao povo português que nós sentimo-nos em casa quando estamos em Portugal, não é um país estrangeiro, é uma extensão da nossa casa chamada Brasil, e o Brasil é a extensão da casa chamada Portugal", afirmou.
O Presidente do Brasil chegou na sexta-feira a Lisboa, para uma visita de Estado a convite do chefe de Estado português, cujo programa oficial começou hoje e termina na terça-feira de manhã.
No Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa e Lula da Silva tiveram primeiro um encontro restrito, depois alargado a ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e Brasil, chefes da Casa Civil e Militar da Presidência portuguesa, ministro-chefe da Secretária-Geral da Presidência brasileira e consultores e assessores dos respetivos gabinetes.
Durante a tarde, realizou-se a 13.ª Cimeira bilateral, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Esta é a primeira viagem de Lula da Silva à Europa neste seu terceiro mandato como Presidente da República do Brasil, iniciado em 01 de janeiro deste ano.
Marcelo Rebelo de Sousa esteve na sua posse, em Brasília, e foi o primeiro chefe de Estado estrangeiro a saudar Lula da Silva, com um abraço prolongado, na sessão de cumprimentos no Palácio do Planalto.
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