O anúncio faz parte de uma série de medidas de Washington para tentar reduzir o fluxo migratório pela sua fronteira com o México a partir de 11 de maio, quando será suspensa a lei conhecida como Título 42, que acelera a expulsão de migrantes na fronteira.
Em comunicado, o Departamento de Estado e Segurança Interna enfatizou que essas medidas serão aplicadas "em estreita coordenação com parceiros regionais, incluindo os Governos do México, Canadá, Espanha, Colômbia e Guatemala".
Estados Unidos, Espanha e Canadá receberão migrantes que serão enviados desde centros de processamento que Washington criará, para administrar os pedidos de migração, em países como Colômbia e Guatemala.
Nesses centros, as pessoas poderão aceder a alguns caminhos legais de migração, obter o estatuto de refugiado, programas de reunificação familiar e autorizações de trabalho nos EUA.
Essas instalações serão administradas em conjunto com "organizações internacionais" e, nesses locais, os migrantes avaliados poderão beneficiar de programas de refugiados e autorizações humanitárias para famílias ou trabalho nos Estados Unidos, informaram hoje funcionários do Governo norte-americano numa teleconferência com jornalistas.
Paralelamente, o Canadá e a Espanha concordaram em receber migrantes encaminhados desses centros.
"Os Estados Unidos estão a tornar mais acessíveis as rotas de migração legal da América do Sul e América Central como uma alternativa para evitar que as pessoas tomem caminhos às vezes perigosos", enfatizou o funcionário.
Este anúncio faz parte das medidas adotadas pelos EUA antes do levantamento do Título 42 em 11 de maio. Esta norma permitiu mais de 2,5 milhões de expulsões de migrantes desde que entrou em vigor, em 2020, sob o pretexto da pandemia durante o mandato do ex-presidente Donald Trump (2017-2021).
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