Abiy Ahmed responsabilizou, em comunicado, "extremistas violentos" pelo assassinato de Girma Yeshitila, também um dos 45 membros do comité executivo do poderoso Partido da Prosperidade (PP), que governa a Etiópia, e sugeriu que foi morto a tiro.
"Aqueles que não conseguem derrotar ideias com ideias tiraram a vida ao nosso irmão Girma Yeshitila (...) É o cúmulo do extremismo tentar convencer aqueles que têm ideias diferentes com armas", escreveu Abiy.
O primeiro-ministro referiu-se também a um "ato vergonhoso e brutal cometido contra uma criança local por extremistas violentos".
Girma era regularmente visado nas redes sociais por nacionalistas de Amhara que o apelidavam de "traidor" pela sua proximidade a Abiy.
A região de Amhara é maioritariamente habitada pelos Amhara, o segundo maior povo da Etiópia, onde a Constituição divide o país em estados regionais baseados na etnia e na língua.
A região foi recentemente palco de distúrbios armados depois de o governo federal de Abiy ter procurado desmantelar as "forças especiais" da região, unidades paramilitares ilegais criadas pelas autoridades locais em Amhara e em várias outras regiões da Etiópia nos últimos 15 anos.
Os nacionalistas de Amhara afirmam que o objetivo do governo federal é desarmar apenas as forças especiais de Amhara, a fim de enfraquecer a região, que tem disputas territoriais com as vizinhas Tigray e Oromia.
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