Moldova e Ucrânia acordam frente comum para adesão à União Europeia
A Presidente da Moldova, Maia Sandu, e o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, acordaram hoje uma frente comum para aderir à União Europeia (UE) o mais rápido possível, enquanto enfrentam o expansionismo russo.
© Sean Gallup/Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
"As conversações também incluíram como nos apoiarmos mutuamente na introdução de reformas que acelerem o processo de adesão à UE", disse a Presidência da Moldova em comunicado.
Tanto a Moldova como a Ucrânia receberam o estatuto de candidatos à entrada no bloco europeu em junho de 2022, poucos meses após o início da invasão russa no território ucraniano.
Além disso, Sandu e Kuleba discutiram hoje a situação na Ucrânia e os desafios de segurança regional.
"Enfrentamos desafios comuns à segurança, desenvolvimento de infraestruturas, comércio e capacidade de trânsito da Moldova. A vitória da Ucrânia garantirá estabilidade e prosperidade duradouras para os nossos amados vizinhos", escreveu Kuleba no Twitter.
Kuleba também se reuniu com seu colega moldovo, Nicu Popescu, com quem abordou "os passos necessários para abrir as negociações de adesão (à UE) em 2023".
"Informou-se sobre a decisão da Moldova de se juntar ao grupo sobre a criação de um tribunal especial contra o crime de agressão contra a Ucrânia. Já são 35 países", revelou.
Em março passado, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou a Sandu o apoio à Moldova "num momento de dificuldade", aludindo ao conflito na vizinha Ucrânia.
Posteriormente, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, apoiou a entrada antecipada da Ucrânia e da Moldova na UE.
"Acho que um caminho acelerado é possível. Ou é um caminho rápido ou as negociações vão arrastar-se em longas conversas", disse Morawiecki, após um encontro com seu colega moldovo, Dorin Recean.
Maia Sandu sustenta que o país está a introduzir intensamente legislação europeia, por isso defende um início rápido nas negociações de acesso.
Um plano do Kremlin para subordinar a Moldova política e economicamente, impedir sua entrada na UE e na NATO e impor o idioma russo em detrimento do romeno foi recentemente revelado.
Esta semana, a UE concordou em enviar uma missão civil à Moldova para aconselhá-la sobre a intercetação e combate de futuras ameaças híbridas e para repelir a desinformação que o país está a sofrer da Rússia.
Desde o início dos combates na Ucrânia, a Moldova não só recebeu centenas de milhares de refugiados, como vários mísseis caíram no seu território, enquanto aumenta a tensão na região separatista da Transnístria.
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