Maduro anuncia exercícios militares e policiais para garantir paz na Venezuela

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou hoje que a Venezuela vai realizar em 22 e 23 de janeiro os primeiros exercícios militares e policiais de 2025, para "garantir a paz, a soberania nacional e a democracia verdadeira".

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© Alfredo Lasry R/Getty Images

Lusa
19/01/2025 22:36 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

"Façamos o grande exercício pela paz (...) nos dias 22 e 23 de janeiro vamos aos exercícios Escudo Bolivariano 2025. O primeiro exercício militar-policial-popular do ano. Vamos defender as fronteiras, as costas, as cidades, os elementos vitais do país. Todos juntos, para garantir a paz, a soberania nacional, para garantir a verdadeira democracia", anunciou Maduro num vídeo divulgado no Instagram.

 

Na mesma plataforma Nicolás Maduro sublinha que os exercícios terão lugar "em perfeita fusão militar-policial-popular para demonstrar que a Venezuela tem o poder de viver em paz, no exercício da sua plena soberania, em democracia e em liberdade".

O anúncio da convocatória para os exercícios acontece depois de em 12 de janeiro o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe (2002-2010) pedir uma intervenção internacional, apoiada pelas Nações Unidas, para afastar Maduro do poder.

O pedido ocorreu um dia depois de Maduro tomar posse para um terceiro mandato de seis anos, apesar de a oposição contestar os resultados das eleições presidenciais.

"Pedimos uma intervenção internacional, de preferência apoiada pelas Nações Unidas, para remover estes tiranos do poder e convocar imediatamente eleições livres", disse Uribe num evento político em Cúcuta, nas proximidades da fronteira colombo-venezuelana, citado pela agência de notícias EFE.

Com uma bandeira da Venezuela nas mãos, Uribe participou numa "concentração pela liberdade" da Colômbia e da Venezuela e manifestou apoio aos líderes da oposição venezuelana, María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, que disse serem "campeões universais da democracia".

O ex-presidente da Colômbia apelou ainda às Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela para que "cumpram as suas funções de acordo com a Constituição" venezuelana e "ajudem a desalojar a ditadura".

Em resposta, Nicolás Maduro disse que a Venezuela está preparada para "dar a batalha na luta armada e ganhar".

 "A Venezuela tem--se preparado, juntamente com Cuba, com a Nicarágua, com os nossos irmãos mais velhos do mundo, para que, se um dia tivermos de pegar nas armas para defender o direito à paz, o direito à soberania e os direitos históricos da nossa pátria, possamos travar a batalha e voltar a ganhá-la", disse Maduro no encerramento do Festival Internacional Mundial Antifascista.

"Não nascemos no dia dos covardes ou dos pusilânimes. Não somos líderes tíbios. Somos a revolução bolivariana do século XXI. Que ninguém se equivoque sobre a Venezuela. Que ninguém se engane connosco. Se for a bem, a bem avançaremos. E se for a mal, os venceremos. Para que respeitem o nosso povo", disse.

Maduro disse ainda que "ninguém quer a intervenção militar que Uribe está a pedir. Ninguém quer mais sanções, ninguém quer mais violência", sublinhando que os venezuelanos querem "democracia, liberdade, entendimento, harmonia, reconciliação e reencontro" e que "é isso o que vai haver".

Leia Também: Nicolás Maduro confirma detenção de 150 cidadãos de 25 nacionalidades

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