Delegação do Hamas prepara contactos com negociadores no Egito

Uma delegação do Hamas vai deslocar-se à capital do Egito para discutir novas ideias para uma trégua com Israel, disse hoje à agência France-Presse um responsável daquele movimento islamita palestiniano.

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© REUTERS/Mohammed Salem

Lusa
22/04/2025 12:01 ‧ há 3 horas por Lusa

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A delegação, que inclui o negociador do Hamas, Khalil al-Hayya, vai reunir-se com responsáveis egípcios no sentido de ser alcançado um cessar-fogo no enclave palestiniano da Faixa de Gaza, disse o mesmo responsável.

 

A mesma fonte referiu-se a eventuais novos contactos negociais alguns dias depois de o Hamas ter rejeitado as propostas israelitas.

Na quinta-feira passada, o Hamas rejeitou uma proposta de tréguas, declarando que se opunha a um acordo parcial por fases com Israel, e defendendo um acordo completo como inicialmente previsto.

O movimento que controla a Faixa de Gaza reiterou a disposição sobre a libertação de todos os reféns israelitas que raptou em 07 de outubro de 2023 "em troca do fim da guerra", da retirada das tropas israelitas do território palestiniano e do início da reconstrução.

Israel exige o regresso de todos os reféns e o desarmamento do Hamas e dos outros grupos armados que se encontram em Gaza.

De acordo com o mesmo responsável palestiniano trata-se de uma "linha vermelha" não negociável.

As negociações estão a ser mediadas pelo Egito, pelo Qatar e pelos Estados Unidos.

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel no dia 07 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.218 pessoas, na maioria civis.

Segundo o Exército israelita foram raptadas 251 pessoas no mesmo dia, sendo que 58 continuam detidas em Gaza, 34 das quais estão mortas.

Uma trégua que se prolongou do dia 19 de janeiro até 17 de março permitiu que 33 reféns, (incluindo os restos mortais de oito pessoas), regressassem a Israel em troca da libertação de cerca de 1.800 palestinianos das prisões israelitas.

De acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, pelo menos 1.890 palestinianos foram mortos desde o recomeço da ofensiva israelita de 18 de março, elevando para 51.266 o número de mortos em Gaza desde o início da guerra.

A Defesa Civil palestiniana, controlada pelo Hamas, disse hoje que ataques aéreos israelitas fizeram 26 mortos na Faixa de Gaza durante as primeiras horas da manhã.

No sábado, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou estar determinado a continuar a guerra.

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