O ministro não forneceu qualquer detalhe sobre a eventual campanha, que classificou como "contraofensiva", além de dizer que pode ser projetada sem os blindados de fabrico norte-americano.
As declarações do ministro da Defesa do Governo de Kyiv foram citadas pela agência oficial Ukrinform tendo Reznikov acrescentado que "alguns militares" da Ucrânia estão a terminar a instrução de fogo, de condução de tanques e manejo de "outros equipamentos" que recebidos dos "aliados ocidentais".
Reznikov disse ainda que muitos desses militares que foram enviados para o estrangeiro para receberem instrução já regressaram à Ucrânia.
"Em termos gerais, estamos prontos", disse o ministro da Defesa, adiantando que a Ucrânia ainda não recebeu parte do material militar prometido, mas que não vai esperar pelos blindados de combate Abrams para começar o "novo contraataque" que tem como objetivo libertar "mais territórios ocupados pela Rússia".
"Penso que os Abrams não vão participar na contraofensiva", afirmou o ministro, frisando que os objetivos e o início da campanha vão ser decididos "em última instância pelo Estado-Maior do Exército" ucraniano.
Os Estados Unidos anunciaram na semana passada, na reunião do Grupo de Contacto em Ramstein, Alemanha, que os tanques vão ser enviados inicialmente para bases alemãs, onde as tripulações ucranianas vão receber instrução que se pode prolongar durante os próximos meses.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.574 civis mortos e 14.441 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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