A República Centro-Africana, um dos países mais pobres do mundo e em guerra civil há vários anos, partilha uma fronteira como o Sudão na província de Vakaga.
Na quinta-feira, a ONU anunciara que cerca de três mil pessoas tinham entrado na República Centro-Africana e viviam em acampamentos perto da localidade fronteiriça de Am-Dafock.
Com os confrontos, o comércio entre o Sudão e a República Centro-Africana foi perturbado, fazendo aumentar o preço de bens de primeira necessidade.
O Sudão entrou hoje no 16º dia consecutivo de guerra entre o Exército e o grupo paramilitar Força de Apoio Rápido.
O conflito já provocou cerca de 530 mortos e quase 4.600 feridos e levou à fuga de milhares de sudaneses para zonas do país mais seguras ou para nações vizinhas e à retirada de cidadãos estrangeiros, incluindo 20 portugueses.
Violentos confrontos prosseguiam hoje na capital sudanesa, Cartum, ao mesmo tempo que Exército e paramilitares anunciavam a prorrogação por mais três dias de um cessar-fogo pouco respeitado, mas que permitiu a retirada de estrangeiros e a continuação de negociações.
O conflito segue-se a semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo Governo de transição.
Tanto o Exército como a Força de Apoio Rápido estiveram por detrás do golpe de Estado que derrubou o Governo de transição do Sudão em outubro de 2021.
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