"Acabo de chegar a Porto Sudão para reafirmar o meu compromisso com o povo sudanês", afirmou, dizendo-se "admirado com a dedicação inabalável da comunidade humanitária e dos voluntários locais que estão a fazer tudo o que podem para ajudar".
A sua visita, não anunciada, à localidade de Porto Sudão ocorreu após a sua visita a Nairobi, onde discutiu com o Presidente queniano William Ruto e altos funcionários da União Africana (UA), entre outros, a situação humanitária e a chegada de ajuda ao Sudão.
Griffiths é o primeiro alto funcionário da ONU a visitar o país africano desde o início do conflito entre o exército regular e o poderoso grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF), que criou uma situação descrita como "catastrófica" por organizações internacionais e locais.
O conflito já provocou cerca de 530 mortos e quase 4.600 feridos e levou à fuga de milhares de sudaneses para zonas do país mais seguras ou para nações vizinhas e à retirada de cidadãos estrangeiros, incluindo 20 portugueses.
A ONU pediu às partes beligerantes que protejam os civis e infraestruturas nevrálgicas, cedam passagens seguras para as pessoas fugirem das zonas de combate e respeitem os trabalhadores humanitários e sanitários.
O conflito segue-se a semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo Governo de transição.
Tanto o Exército como a Força de Apoio Rápido estiveram por detrás do golpe de Estado que derrubou o Governo de transição do Sudão em outubro de 2021.
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