Os manifestantes pedem um acesso mais direto ao Presidente Joe Biden, para poderem expor melhor os seus casos, noticiou a agência Associated Press (AP).
A concentração decorreu na sequência das libertações de prisioneiros de alto nível no ano passado, incluindo a jogadora de basquetebol Brittney Griner na Rússia, o construtor civil Mark Frerichs no Afeganistão, um grupo de executivos ligados ao petróleo na Venezuela e Paul Rusesabagina, cuja história é contada no filme "Hotel Ruanda".
Apesar destas ações, dezenas de norte-americanos permanecem detidos fora do país por governos estrangeiros, e a recente detenção na Rússia do repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, chamou a atenção para a sua situação e destacou como a diplomacia de reféns continua a ser uma prioridade de segurança nacional para os EUA.
"Ver todas estas pessoas a voltarem para casa no ano passado, acho que isso nos mostra que é possível. Só precisa de haver vontade - do presidente, dos níveis mais altos do nosso Governo - de trazer os nossos familiares", realçou Harrison Li , cujo pai, Kai Li, está preso na China desde 2016.
Harrison Li lembrou que em todos os países onde os EUA tiveram sucesso recente, a China não esteve incluída.
Também participaram no evento alguns dos norte-americanos que foram libertados no ano passado, incluindo Trevor Reed, um veterano da Marinha libertado pela Rússia numa troca de prisioneiros em abril de 2022 por um piloto russo condenado num caso de conspiração por tráfico de drogas.
Nas semanas anteriores à libertação de Reed, os seus pais marcaram uma reunião com Biden e também fizeram uma manifestação do lado de fora da Casa Branca.
Meses após a libertação de Reed, os EUA trouxeram Griner para casa numa troca individual que envolveu o traficante de armas condenado Viktor Bout. Griner não esteve presente no evento desta quarta-feira, participando numa iniciativa aberta à comunicação social pela sua equipa da WNBA, a Liga feminina norte-americana de basquetebol.
Hannah Sharghi, cujo pai, Emad, está detido no Irão desde 2018 por acusações de espionagem que a sua família diz serem falsas, implorou a Biden para que traga o seu pai para casa.
"Pedimos uma reunião com o Presidente há tanto tempo que, sinceramente, não sei mais como pedir ou o que mais dizer", frisou.
Roger Carstens, enviado presidencial especial para assuntos de reféns, destacou, em entrevista à CNN esta semana, que os esforços para trazer para casa os norte-americanos detidos continuam, independentemente de uma família falar com Biden.
Este representante do Governo sublinhou que das 27 pessoas que os EUA trouxeram para casa nos últimos dois anos, apenas duas têm familiares que se encontraram com o Presidente.
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