Ucrânia. Seis das oito novas brigadas estão "prontas" para contraofensiva

Seis das oito novas brigadas de assalto criadas pelo Ministério do Interior ucraniano para a próxima contraofensiva receberam a formação necessária e estão prontas para entrar em combate contra as tropas russas, anunciaram hoje as autoridades de Kiev.

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Lusa
04/05/2023 16:50 ‧ 04/05/2023 por Lusa

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"Seis brigadas da Guarda Nacional, que fazem parte da Guarda de Assalto, estão formadas, contam com o pessoal necessário e estão prontas para realizar a sua tarefa nas Forças Armadas assim que receberem a sua missão", disse o coronel Mykola Urshalovych, do Departamento do Interior para a Guarda Nacional.

"Todos os oficiais, sargentos e soldados da Guarda de Assalto estão motivados e entendem que o sucesso da libertação dos nossos territórios do agressor depende deles pessoalmente, de cada unidade e de cada brigada", acrescentou o coronel.

A Ucrânia lançou no inverno o processo de formação de oito novas brigadas de assalto, para as quais recebeu mais de 35.000 pedidos de alistamento. As autoridades ucranianas alertaram que nem todos os inscritos seriam considerados aptos para ingressar nas novas unidades.

Segundo o que os militares destas novas formações declararam ao jornal ucraniano Ukrainska Pravda, duas das oito brigadas estão a ter problemas para recrutar um número suficiente de militares.

O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksi Reznikov, assegurou na segunda-feira estar "tudo pronto" para a anunciada contraofensiva ucraniana contra as forças russas e que só depende do Estado-Maior para ser colocada em marcha.

"Creio que a partir de hoje podemos entrar na reta final e dizer: Sim, está tudo pronto", disse então Reznikov em declarações na televisão estatal.

"O Estado-Maior, o Comandante em chefe e a sua equipa decidirão como e quando em função da decisão e avaliação da situação no campo de batalha", acrescentou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: AO MINUTO: EUA atacaram Kremlin? "Ridículo"; 200 mil famílias sem luz

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