Numa altura em que as forças ucranianas se preparam para lançar uma nova contraofensiva, reforçada pelas armas enviadas pelos países ocidentais, as autoridades russas têm cancelado cada vez mais eventos públicos antes das celebrações de 9 de maio e, este sábado, os serviços secretos britânicos referem que já são seis as regiões russas que cancelaram os seus desfiles militares.
No seu relatório diário de inteligência, o Ministério da Defesa do Reino Unido refere que 21 cidades e a região ocupada da Crimeia não vão realizar qualquer parada. Também em Moscovo, foi cancelada uma marcha tradicional que reúne os familiares de veteranos de guerra caídos em combate, durante a Segunda Guerra Mundial.
Durante o mandato de Vladimir Putin como presidente russo, o dia 9 de maio tornou-se num feriado de grande destaque na Rússia, usado para preencher as ruas do país de grandes demonstrações patriotismo e orgulho nacionalista. Putin. O dia assinala a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazi, durante a Segunda Guerra Mundial, em 1945.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 6 May 2023.
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) May 6, 2023
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Os britânicos referem ainda que "as celebrações de Moscovo do Dia da Vitória provavelmente seguirão em frente, mas numa escala reduzida", e a "receção de Putin após a parada (realizada pela última vez em 2019) não será levada a cabo".
O Reino Unido aponta que, além da potencial contraofensiva ucraniana, o ataque contra o Kremlin - que Kyiv continua a garantir que não foi da sua responsabilidade - com um drone "demonstrou a vulnerabilidade crescente da Rússia a este tipo de ataques e certamente aumentou a perceção de ameaça na liderança russa".
"O potencial para protestos e descontentamento sobre a guerra na Ucrânia também terão influenciado o cálculo da liderança russa", acrescentam os serviços secretos de Londres.
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