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Israel destrói escola primária na Cisjordânia financiada pela UE

As forças israelitas destruíram hoje uma escola primária, financiada pela União Europeia, numa pequena localidade no sul da Cisjordânia ocupada, cuja construção foi considerada "ilegal" e "perigosa" por uma decisão do tribunal israelita, observaram correspondentes da AFP no local.

Israel destrói escola primária na Cisjordânia financiada pela UE
Notícias ao Minuto

14:47 - 07/05/23 por Lusa

Mundo Palestina

Esta demolição, ordenada pelo tribunal distrital de Jerusalém, foi denunciada pela parte palestiniana, mas também pela representação da União Europeia junto dos palestinianos, que financiou a estrutura e exortou Israel a "respeitar o direito das crianças à educação".

Segundo os correspondentes da Agência France Presse (AFP), durante a madrugada, 'bulldozers' destruíram esta pequena escola primária, localizada em Jabbet ad-Dhib, na região de Belém, após o término de um ultimato legal de dois meses para que fosse evacuada.

Na altura da demolição, a estrutura, uma das duas escolas desta aldeia, estava vazia e os equipamentos tinham sido retirados, segundo um responsável municipal.

A escola, que acomoda 45 crianças, já tinha sido destruída em 2019 e fora depois reconstruída, disse o responsável do Ministério da Educação da Palestina, Ahmed Nasser, contactado pela AFP.

Em comunicado à agência francesa, o Cogat, órgão do Ministério da Defesa de Israel que supervisiona as atividades civis nos territórios palestinianos, afirmou que a estrutura foi "construída ilegalmente, sem licença".

Este órgão israelita acrescentou que a escola constituía "um perigo para os seus ocupantes", referindo a opinião de um engenheiro quanto ao risco de desabamento do edifício.

Ahmed Nasser, por seu lado, enfatizou a importância da existência de tais escolas em aldeias remotas da Cisjordânia ocupada.

Segundo o responsável palestiniano, este fator permite evitar "o deslocamento e o despejo forçado [da população], na medida em que Israel quer confiscar essas terras" e "a presença da população impede-os".

Na origem da ação judicial, a Regavim, uma ONG sionista de direita, considerou, pelo contrário, que esta construção se inscreveu no quadro de uma política palestiniana que visa "construir uma estrutura em terreno virgem, proclamar que se trata de uma escola, e então fazer da sua demolição um problema humanitário".

A representação da UE nos Territórios Palestinianos disse estar consternada com a demolição, sublinhando que se trata de uma prática "ilegal sob o direito internacional".

"Israel deveria parar todas as demolições e despejos, que só aumentam o sofrimento da população palestiniana e aumentam as tensões existentes", considerou a representação da UE.

Quase três milhões de palestinianos vivem na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.

Cerca de 490 mil colonos judeus também moram neste território em assentamentos considerados ilegais pela ONU e segundo a lei internacional.

Leia Também: Dois palestinianos mortos por tropas israelitas na Cisjordânia

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