"Os seis membros da tripulação que foram raptados no Monjasa Reformer foram todos recuperados em segurança num local não revelado na Nigéria", declarou a empresa dinamarquesa Monjasa, num comunicado citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
Os seis marinheiros "estão relativamente bem de saúde, tendo em conta as circunstâncias difíceis que enfrentaram durante mais de cinco semanas", afirmou o armador, de bandeira liberiana.
Após exames médicos, estão a ser repatriados para os seus países de residência para se reunirem com as suas famílias, acrescentou a Monjasa, que se recusou a revelar as suas nacionalidades.
O armador, embora elogiando a sua "coragem", recusou-se a fazer mais comentários sobre as condições para a entrega dos reféns, nomeadamente sobre o pagamento de um eventual resgate.
O Monjasa Reformer foi atacado durante a noite de 25 de março por um barco pirata, quando se encontrava a 140 milhas náuticas do porto congolês de Pointe-Noire, tendo-se perdido pouco depois o contacto com os 16 tripulantes.
O navio-tanque de 135 metros foi encontrado seis dias mais tarde ao largo de São Tomé e Príncipe, no leste do Golfo da Guiné, por um navio da marinha francesa que o procurava.
O barco dos presumíveis piratas, inicialmente detetado por um drone, fugiu do navio, levando consigo seis marinheiros.
Os outros dez membros da tripulação que permaneceram a bordo foram resgatados, tendo três deles sofrido ferimentos ligeiros.
De acordo com a MDAT-GoG (Maritime Domain Awareness for Trade Gulf of Guinea) britânico-francesa e a Marinha francesa, cinco piratas efetuaram o ataque.
Em declarações anteriores, o armador afirmou que, no momento do incidente, relatado às 22:39 GMT (23:39 em Lisboa) de sábado, dia 25 de março, a embarcação "estava imobilizada com 16 tripulantes a bordo".
O Golfo da Guiné, que se estende por 5.700 quilómetros entre o Senegal e Angola, tem sido o novo ponto negro da pirataria global, mas os ataques diminuíram recentemente.
De acordo com o Centro de Informação, Cooperação e Alerta Marítimo (Mica), apenas três embarcações foram atacadas na área em 2022, contra 26 em 2019.
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