"O secretário-geral acompanha com profunda preocupação os últimos desenvolvimentos de segurança em Gaza e a escalada contínua e o risco de novas perdas de vidas. O secretário-geral condena a perda de vidas de civis, incluindo crianças e mulheres, que considera inaceitável e devem cessar imediatamente", disse em comunicado Farhan Haq, vice-porta-voz de Guterres.
O líder das Nações Unidas instou Israel a cumprir as suas obrigações sob o direito humanitário internacional, incluindo o uso proporcional da força e tomando todas as precauções para poupar civis e bens civis na condução de operações militares.
Guterres também condenou o lançamento indiscriminado de foguetes a partir de Gaza contra Israel, que "viola o direito humanitário internacional e coloca em risco civis palestinianos e israelitas".
"O secretário-geral exorta todas as partes envolvidas a exercerem a máxima moderação e trabalharem para interromper as hostilidades imediatamente. Ele reitera o seu compromisso de apoiar palestinianos e israelitas a resolver o conflito com base nas resoluções relevantes das Nações Unidas, no direito internacional e nos acordos bilaterais", concluiu Haq.
Os combates na Faixa de Gaza prosseguiram hoje, após uma tentativa falhada de cessar-fogo entre Israel e fações armadas palestinianas mediada pelo Egito, embora uma estação televisiva estatal egípcia tenha chegado a anunciar um acordo.
Depois de circularem informações de negociações de cessar-fogo bem-sucedidas, fontes palestinianas citadas pela estação televisiva Al-Jazeera e pelo diário israelita Haaretz indicaram que as conversações fracassaram porque Israel se recusou a pôr fim aos assassínios seletivos.
Um novo ataque aéreo israelita àquele território palestiniano causou hoje mais sete mortes, duas delas de crianças, e mais de 20 feridos entre a população civil.
O novo bombardeamento israelita ocorreu depois de as milícias palestinianas da Faixa de Gaza terem hoje lançado mais de 270 'rockets' contra Israel, segundo um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita.
O ataque é, até agora, o maior deste ano e segue-se a mais de 24 horas de elevadas tensões na zona, após Israel ter abatido na terça-feira três altos dirigentes do grupo 'Jihad' Islâmica Palestina (JIP) em Gaza.
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