O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou, esta sexta-feira, que a Rússia já está "preparada para a derrota", equacionando que os soldados do exército de Moscovo "já perderam esta guerra nas suas mentes".
"O que é que é importante entender agora? Os ocupantes já estão internamente preparados para a derrota. Já perderam esta guerra nas suas mentes. Devemos pressioná-los diariamente para que o seu sentimento de derrota se transforme na sua fuga, nos seus erros, nas suas perdas", disse o chefe de Estado ucraniano, no seu habitual discurso noturno à nação.
Tecendo agradecimentos a "todos os que destroem o inimigo" e que, "apesar das dificuldades, devolvem os territórios à Ucrânia", Zelensky assegurou que o regime está a preparar-se para fornecer mais armas às forças ucranianas, para que estes "guerreiros" tenham "ainda mais oportunidades de derrotar o agressor e restaurar a paz".
"Garanto: Quem for o agressor do mundo livre, acabará com a mesma desgraça do Kremlin", realçou.
O responsável adiantou também que foram aprovados cinco novos pacotes de sanções, um dos quais referentes à siderúrgica ucraniana Zaporizhstal, cujas ações controladas pela Rússia "serão confiscadas e funcionarão para o bem da Ucrânia e dos ucranianos".
"Não deixaremos nenhum elo do estado terrorista na Ucrânia que possa ser usado contra o nosso estado, contra a nossa economia ou contra o nosso povo", esclareceu Zelensky.
"Centenas de indivíduos e entidades legais do estado terrorista ligados à Rússia estão a tornar-se alvos do isolamento global. Estamos a trabalhar ativamente com os nossos parceiros para que todos aqueles que realmente produzem essa agressão, que entregam armas, munições, equipamentos e tecnologias às mãos dos terroristas – para que sejam todos esmagados pelo mundo", rematou.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.791 civis desde o início da guerra e 14.815 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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