"Penso que esta é uma pergunta ridícula. Chegámos ao poder por meios democráticos. Se a nossa nação decidir de outra forma, farei o que a democracia exige, e nada mais", disse Erdogan numa aparição televisiva na sexta-feira à noite, quando lhe perguntaram se queria agarrar-se ao poder.
"A vontade da nação não pode ser comprometida", acrescentou Erdogan no seu último dia de campanha, em que voltou a atacar os meios de comunicação ocidentais por interferência. "Estou a ler os títulos dos jornais. Dizem: 'Erdogan tem de sair'. Não é da conta dele. O Ocidente não pode decidir isso. Isso é com o meu país", afirmou durante um comício em Istambul, segundo o Daily Sabah.
"Estamos a competir com aqueles que estão a tentar perturbar o 'Século da Turquia'", insistiu Erdogan no seu grande programa de reformas e obras públicas para assinalar o centenário do país.
O Presidente turco aproveitou ainda para criticar o seu principal rival nestas eleições, Kemal Kiliçdaroglu, a quem acusou de "aplaudir" a organização armada curda do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerada por Ancara como um grupo terrorista e com a qual está atualmente em conflito armado.
"O que é que podem dizer se eu vos disser que os EUA, o Reino Unido e a Alemanha manipulam as eleições", protestou Erdogan.
A rede social Twitter anunciou este sábado que vai restringir o acesso a "alguns conteúdos" na Turquia, sem dar mais pormenores sobre os mesmos.
"Em resposta ao processo legal e para garantir que o Twitter continua disponível para o povo da Turquia, hoje tomámos medidas para restringir o acesso a alguns conteúdos no país", anunciou a conta responsável pelas relações da empresa com os Estados.
"Informámos os titulares de contas sobre esta ação, de acordo com a nossa política. Este conteúdo permanecerá disponível no resto do mundo", acrescentou a divisão.
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