A polícia acredita que a maioria dos corpos encontrados perto da cidade costeira de Malindi são de seguidores de Paul Nthenge Mackenzie, um antigo taxista e autoproclamado "pastor" e fundador da Igreja Internacional da Boa Nova.
Rhoda Onyancha, da prefeitura regional, disse que foram detidas, além de Nthenge Mackenzie, 25 responsáveis por garantir que nenhum seguidor quebrasse o jejum ou escapasse da floresta onde se reuniam para "encontrar Jesus".
Mackenzie entregou-se às autoridades a 14 de abril, depois da polícia ter descoberto as primeiras vítimas na floresta de Shakahola, onde alegadamente o seguiam para acompanhar o jejum.
Desde essa data, foram descobertas cerca de 50 valas comuns, mas os investigadores vão interromper as exumações nos próximos dois dias para reorganizar as operações, que deverão ser retomadas na terça-feira, disse Onyancha.
As autópsias dos primeiros cadáveres revelam que a maioria das vítimas morreu de fome, presumivelmente após ter seguido Mackenzie, mas algumas vítimas, incluindo crianças, foram estranguladas, espancadas ou sufocadas, afirmou recentemente o chefe das operações forenses, Johansen Oduor.
O massacre reacendeu o debate sobre a regulamentação do culto religioso no Quénia, um país predominantemente cristão com 4.000 igrejas, segundo dados oficiais.
Um grupo de trabalho para "rever o quadro legal e regulamentar que rege as organizações religiosas" foi criado pelo presidente queniano William Ruto.
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