Burkina Faso. Pelo menos 33 civis mortos em ataque de alegados jihadistas
Pelo menos 33 civis foram mortos na quinta-feira num ataque de alegados 'jihadistas' no oeste do Burkina Faso, anunciou hoje o governador da região de Boucle du Mouhoun num comunicado.
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Mundo Burkina Faso
"Na tarde de quinta-feira, 11 de maio, por volta das 17h00 locais (18h00 de Lisboa), a aldeia de Youlou, no departamento de Tcheriba, província de Mouhoun, sofreu um ataque terrorista cobarde e bárbaro", declarou Babo Pierre Bassinga.
"Os homens armados tomaram como alvo os pacíficos cidadãos ocupados nas suas atividades de horticultura nas margens do rio", acrescentou o governador, precisando que "o balanço provisório é de 33 pessoas mortas".
Fontes locais confirmaram a presença de atacantes "fortemente armados" em motorizadas, que "dispararam" sobre os horticultores "aleatoriamente", e indicaram que as vítimas foram sepultadas na sexta-feira.
Habitantes de Tcheriba afirmaram também que três pessoas sofreram ferimentos de balas e que os atacantes incendiaram terrenos e celeiros antes de abandonarem a aldeia.
Segundo o governador, "estão em curso ações de reforço da segurança".
Babo Pierre Bassinga instou também as populações a "redobrarem a vigilância e continuarem a cooperar com as forças combatentes para uma vitória total contra o terrorismo e um retorno definitivo da paz e da segurança à região".
O Burkina Faso, palco de dois golpes de Estado militares em 2022, está desde 2015 envolvido numa espiral de violência 'jihadista' surgida no Mali e no Níger alguns anos antes e que alastrou além das respetivas fronteiras.
A violência fez, nos últimos sete anos, mais de 10.000 mortos -- civis e militares -- segundo organizações não-governamentais, e mais de dois milhões de deslocados.
O estado de emergência, em vigor desde março em oito das 13 regiões do país, foi na sexta-feira prolongado por mais seis meses pela Assembleia Legislativa de Transição.
Em meados de abril, as autoridades da transição no Burkina Faso decretaram igualmente a "mobilização geral", a fim de "dar ao Estado todos os meios necessários" para enfrentar os ataques 'jihadistas'.
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