A cerimónia representa "o culminar de um processo de negociações entre o Estado senegalês" e o Movimento das Forças Democráticas de Casamansa (MFDC), que "dura há quase três anos", afirmou no sábado o governador de Zinguichor, Guédj Diouf, citado hoje pela agência noticiosa Efe.
Em nome do país, Diouf agradeceu ao comandante de uma fação do MFDC e às suas tropas por "terem aceitado entrar em negociações sinceras com o Estado senegalês com vista à assinatura de acordos de paz que conduziram hoje [sábado] à deposição das armas".
"É um ato de coragem que reflete o vosso firme empenho na paz e no desenvolvimento económico e social de Casamansa", acrescentou, mostrando-se esperançoso em que esta ação "mostre o caminho a outras fações" para alcançar a "paz definitiva".
A entrega das armas decorreu na antiga base do MFDC na zona de Bignona, cidade de Mangone.
Casamansa tem sido o cenário de uma das rebeliões mais antigas do continente desde que os combatentes da independência saíram à rua com armamento rudimentar depois de uma marcha do MFDC ter sido suprimida em dezembro de 1982.
O conflito custou milhares de vidas e devastou a economia. Nos últimos anos, as autoridades senegalesas comprometeram-se a reinstalar os deslocados.
O Presidente senegalês, Macky Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, fez da paz em Casamansa uma das suas prioridades.
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